O recém-ordenado padre Amaro vai trabalhar na cidade portuguesa de Leirira. Lá, colocando em prática o que aprendera no seminário, depara-se com as contradições e as impossibilidades do catolicismo tal como pregado e praticado. E acaba envolvendo-se de maneira perigosa com a jovem Amélia, num drama levado à mais alta realização pela verve narrativa e estilística do autor. Em "O crime do padre Amaro", Eça de Queiroz (1845-1900) inaugura o chamado realismo na literatura portuguesa, e suas descrições cruas da hipocrisia envolvendo o clero, a religião católica e a sociedade burguesa chocaram o moralismo de sua época.